Questionário

Sunday 25 November 2012

Securitization: A good idea gone bad

Unbundling is usually a good idea. It gives the consumer a choice between price and quality. For instance, if you go to a store to buy apples would you prefer them in a single box at a single price or would you favour separate boxes with different prices for categories I, II and III? If you have an average size budget, can pick them on your own and are one of the first customers in the store you would certainly prefer them bundled because you could pick the top quality and pay the average price. On the contrary, if you were in a low or high budget and arrived later you would prefer them unbundled in three different boxes. The vendor would face the same dilemma when buying from the farmer.

In general, since most buyers cannot be the first to arrive at the shop, the unbundled solution is better for both buyers and sellers. Yet, one must question if this principle is valid in the case of perishable or dangerous products (e.g. risky financial products like sub-prime mortgages or auto loans).

Judging from the recent rebound in securitization it seems that the answer is yes. That is, the buyers (investors) prefer to pick between various categories of risk instead of buying a single security sold by the vendors (banks). However, an eventual resumption to pre-2008 levels might create a number of potential perils.

First, buyers (investors) may be poorly diversified due to a temptation to buy from the low priced fruit boxes (i.e. high yield tranches).

Second, because financial products are more difficult to classify than fruit, buyers (investors) need the opinion of outside experts (rating agencies) which, being procured and paid by the vendors (banks), are prone to taint their ratings.

Third, vendors (banks) can select perishable fruits to sell on outside stalls (sell loans to special purpose vehicles) and save store space (save on capital) that can be used to serve more profitable clients (provide more loans). Yet these extra profits tempt vendors (banks) to aggressively promote the sale of perishable fruits (lower quality loans).

Fourth, to meet this increase in demand vendors (banks) widen their supply network to lower quality farmers (loan originators).

Finally, and most importantly, vendors (banks) give up on buying unbundled fruit (loans) from farmers (loan originators) and the less scrupulous suppliers will begin mixing up rotten fruit (subprime borrowers) in the containers (loan portfolios).

Individually considered each one of these risks may not be enough to offset the benefits of the outside sale of unbundled fruits (securitized issues). However, in aggregate the risks may be compounded to the point of creating systemic risk. The greatest danger is that banks give up their key function of screening creditworthy borrowers to become commission-driven businesses.

So, just as planning regulations limit the portion of walkways that can be taken by outside stalls, banking supervisors should establish limits on how much debt banks can offload through securitization.

Such limits would not constitute market restricting policies. Instead, if designed properly, they would be an important market-perfecting tool for the development of market capitalism in the financial sector.

Monday 12 November 2012

The stupidity about the climate change debate

No day passes without us hearing about climate change. No problem with that for the British, because for them weather has always been a popular topic to start a conversation. What is annoying about this is that some people are trying to make a political issue about it and cash-in money out of this at the tax-payers cost.

Of course, there is climate change as there has been for millions of years and will continue to be for the million years ahead. There will be recurring spells of extreme heat, cold, rain, drought and so on.

Some of these changes may be influenced by mankind be it through fire, deforestation, CO2 emissions or something else.

Mankind has experienced that and has successfully adapted and survived such extreme conditions and will continue to do so.

So is there anything new about climate change except the mumbo-jumbo of today’s environmentalists; which is not fundamentally different from the Middle Ages prey of the church and witchcraft on the helpless and ignorant before a plague? Absolutely not!

We may wish to believe that we can fine tune the weather to our desires. That might be a possibility in a distant future, but it certainly is not an option now and in the foreseeable future. The best proof is to remind us that if we cannot easily fine tune the economic activity, a man-made process, we cannot expect to fine tune a natural process of which we know much less and over which we have so little control.

So modern sorcerers – sorry, “pseudo-environmentalists” – please give us a break and find something useful to do which is not preying on other people´s fear or ignorance.

Friday 9 November 2012

Porquê Repensar Portugal?

Recentemente fui solicitado por um jornalista para justificar o título do meu último livro – Repensar Portugal – numa altura onde (felizmente) proliferam muitos livros sobre o futuro de Portugal. Eis a minha resposta:

A principal motivação foi quebrar o círculo fechado em que esse debate se processa. O debate político-económico entre nós lembra-me uma “pescadinha-de-rabo-na-boca” por estar prisioneiro de um processo anquilosante provocado pelas esquerdas e direitas tradicionais. Podemos perceber isso facilmente através de uma analogia futebolística, imaginando que nos últimos 80 anos Portugal participou num campeonato Europeu de desenvolvimento económico. O que é que aconteceu?

Nos primeiros 40 anos tivemos um seleccionador autoritário e “unhas-de-fome” que apenas conseguiu 2.6 pontos anuais de crescimento, o que nos deixou nos últimos lugares do campeonato Europeu, mas recuperou a situação financeira da selecção nacional e deixou-a com dinheiro.

Nos últimos 40 anos tivemos vários seleccionadores dialogantes mas “gastadores” que também só conseguiram 2.6 pontos anuais, tendo o país permanecido nos últimos lugares da tabela Europeia, mas gastaram o património herdado do anterior seleccionador e acumularam dívidas que puseram a selecção nacional à beira da bancarrota.

É evidente que nós podemos discutir até à exaustão os méritos e defeitos de cada um dos seleccionadores. E na verdade é isso que os nossos comentadores fazem ao discutir se deviam ter seleccionado o A ou o B, se o seleccionador devia ser mais ou menos dialogante, se o jogo devia ser mais corrido, etc. etc.

No entanto, tal discussão é inútil porque todos os seleccionadores foram maus. O que interessa é aproveitar o que cada um fez bem e seguir em frente. Mas para seguir em frente precisamos não apenas de melhores seleccionadores mas sobretudo de questionar o posicionamento da equipa em campo. É isso que o nosso livro procura fazer.

Nos últimos 80 anos a estratégia de jogo assentou sempre num 4-4-2, isto é, 40% de estado, 40% de capitalismo de estado e apenas 20% de capitalismo de mercado. O que nós propomos é inverter esta estratégia para um 3-2-5, ou seja, 30% de estado, 20% de capitalismo de estado e de gestão e 50% de capitalismo de mercado.

Como fazer esta mudança radical? O primeiro passo é quebrar o bloqueio mental que adquirimos ao longo de 80 anos, e tal só se consegue se debatermos de forma descomprometida os seis pilares da felicidade humana – democracia representativa, liberalismo constitucional, capitalismo de mercado, trabalho produtivo, espírito científico e virtudes iluministas.

Ilustremos com três exemplos retirados das dezenas que incluímos no livro:
1) Para termos uma maior quota-parte de capitalismo de mercado na nossa economia precisamos de privatizar ou nacionalizar mais? Na verdade precisamos de fazer bem e depressa ambas as coisas;
2) Para sermos mais produtivos precisamos de ter estágios remunerados ou não? Precisamos de ambos consoante a natureza do estágio, pelo que o estado não deverá intrometer-se nessa decisão; e
3) Para melhorar a representatividade democrática do nosso sistema político precisamos de mais ou menos deputados? A resposta depende do regime eleitoral que escolhermos e do tipo de deputados que desejamos eleger.

Em suma o nosso livro visa confrontar o leitor com várias opções. Nuns casos concordará connosco noutros não, mas o importante é que reflicta sobre as mesmas.

Nota: O livro poderá ser adquirido nas livrarias Bertrand ou FNAC, encomendado online através dos sites: Editora Bizâncio, Wook, Livraria Apolo 70 ou adquirido em versão ebook na Amazon.

Wednesday 7 November 2012

Breve resenha histórica sobre o Estado Social

Em Portugal discute-se muito o Estado Social mas existe um grande desconhecimento sobre o que é o chamado estado social e sobre as suas origens. Em particular, os partidos de esquerda reclamam para si a defesa do Estado Social e acusam a direita de o querer destruir. Na verdade o Estado Social não é coutada de nenhuma força política, mas se alguém quiser reclamar a sua paternidade então a direita tem certamente mais ascendentes do que a esquerda.

Para contribuir para um maior esclarecimento, saliento os seguintes factos históricos:

1) O conceito de Estado Social resultou da aceitação do princípio de que o governo deve ter um papel central na protecção e promoção do bem-estar socioeconómico dos seus cidadãos; pago através de um sistema fiscal redistribuidor da riqueza. Anteriormente essa função era exclusivo da Igreja e das instituições de caridade (entre nós, as Associações Mutualistas e Misericórdias).
2) Na Alemanha, Bismark, um conservador, foi o primeiro líder Europeu a criar um sistema de estado social no sentido moderno do termo em 1840.
3) Na Inglaterra um sistema de protecção na velhice e de refeições gratuitas nas escolas foi introduzido em 1909 pelo governo Liberal de Asquith. Posteriormente, o famoso relatório Beveridge, dirigido por um economista liberal, viria a ser adoptado primeiro pelos Partidos Liberal e Conservador mas foi depois implementado pelo governo Trabalhista (socialista) em 1945. O relatório advogava que o governo devia garantir níveis adequados de rendimento, educação, habitação, emprego e acesso a cuidados de saúde, através de um sistema de seguros nacionais e de um serviço nacional de saúde gratuito.
4) Nos Estados Unidos a oposição dos teóricos evolucionistas, que como Herbert Spencer viam na protecção dos mais fracos o favorecimento da sua reprodução que atrasaria o desenvolvimento social, contribuiu para que o estado social só tivesse sido criado em 1935 pelo Presidente Roosevelt (democrata), no âmbito do chamado New Deal que incluiu a primeira lei sobre segurança social.
5) Em Portugal, após duas tentativas falhadas em 1913 e 1919 de substituir as instituições mutualistas por um sistema governamental, foi Salazar que em 1933 criou o estado social replicando o modelo fascista Italiano. O Estatuto Nacional do Trabalho, bíblia do corporativismo, preconizava um regime de segurança social obrigatório (através das Caixas de Previdência) para os funcionários públicos e trabalhadores do sector privado ao qual se acrescentaria mais tarde para os trabalhadores rurais as Casas do Povo e as Casas dos Pescadores.

Independentemente do caminho percorrido por cada país verificou-se em todo o lado um processo de universalização dos sistemas de segurança social através do alargamento dos regimes de protecção e da percentagem da população abrangida. No entanto, os sistemas de Estado Social são muito diversos. Por exemplo, no âmbito dos países da OCDE é frequente utilizar-se a seguinte tipologia dos sistemas em vigor:

a) O modelo social-democrata (na Holanda e países Escandinavos) assente no princípio do universalismo do sistema estatal;
b) O modelo democrata-cristão (Alemanha, França, Espanha, Portugal e Itália) que aceita o princípio da subsidiariedade mas assenta na predominância do sector estatal;
c) O modelo liberal (Austrália, Canadá, Japão, Suíça e Estados Unidos) que limita o papel do Estado às necessidades básicas e promove o desenvolvimento dos sistemas mutualistas e privados; e
d) Modelos mistos (Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido).

Em resumo, um debate esclarecido sobre o futuro do estado social terá de ter em conta uma avaliação da experiência histórica destes vários modelos e precisa de distinguir de forma clara os regimes contributivos dos não contributivos. Mais ainda, precisa de distinguir claramente o papel do estado como segurador nos vários ramos (vida, pensões, desemprego, e saúde), enquanto prestador de serviços sociais (hospitalares e outros) e enquanto regulador dos diversos regimes sociais.

Monday 5 November 2012

A Irracionalidade (suícida) do PSD

Os partidos políticos movem-se de acordo com as paixões e interesses dos seus membros e respectivos grupos de interesses. A lógica e o interesse público só por coincidência determinam a sua acção política. Nisto o PSD não é diferente do PS ou de qualquer outro partido político.

No entanto, no momento dramático que o país vive, seria desejável que os Portugueses não ficassem à mercê de uma feliz coincidência e que o PSD usasse um pouco de lógica e racionalidade na sua acção.

Há cerca de dois anos e meio o PSD elegeu um jovem e simpático líder – Passos Coelho – sem pensar duas vezes se ele teria condições para vir a ser Primeiro-ministro. Ora, quis o acaso que devido ao agravamento da crise financeira o poder lhe caísse subitamente no colo. Entretanto o que é que aconteceu?

O novo líder mostrou-se incapaz de estar à altura do cargo e ainda por cima revelou-se estar dependente dos empresários do subsídio (Relvas & companhia). Face a esta situação o que é que seria racional fazer? Substituí-lo por alguém mais competente (por exemplo o Dr. Rui Rio) em nome do interesse nacional e da preservação da estabilidade governativa.

Pelo contrário o que é que o PSD fez? Obrigou o seu parceiro de coligação e os seus deputados a aprovar como cordeirinhos um orçamento do qual discordam e que irá ser desastroso para o país.

Pior ainda, o PSD prepara-se para afastar do mapa político o Dr. Rui Rio, porventura o seu militante mais bem preparado para resolver a crise financeira do país. Como? Prometendo destruir a sua obra de reequilíbrio financeiro na Câmara do Porto, conseguido numa luta permanente contra tudo e contra todos, ao impor como candidato a seu sucessor o Dr. Luis Filipe Menezes precisamente um dos símbolos do despesismo autárquico. Mais, isto acontece numa altura é que o próprio expoente máximo do despesismo (Alberto João Jardim) já é contestado no PSD Madeira.

Entretanto, talvez adormecido pelas sereias que como Mário Soares reclamam um governo de iniciativa presidencial, o Presidente da República (e ex-líder do PSD) continua aparentemente alheado de tudo, à espera que a fruta caia de madura ou que o poder caia na rua.

Por desgraçada ironia do destino na actual situação de afundamento do país, o Partido Socialista, partido que conduziu o país à beira da bancarrota, apenas precisa de esperar pelos próximos actos eleitorais para que o poder lhe caia novamente nas mãos. Agora imagine-se o futuro de um país governado por Galambas, Zorrinhos, etc.

Em suma, o PSD persiste irracionalmente em não ver uma solução óbvia que está ao seu dispor – propor Rui Rio para Primeiro-ministro - com o mandato de fazer no país o que fez na Câmara do Porto. Entretanto, deixa arrastar a situação até ser corrido do poder nas próximas eleições ou ter de ser substituído por um governo de tecnocratas ou por uma coligação de bloco central que o afastará igualmente do poder.

Um partido que sempre foi tão lesto a substituir os seus líderes quando está na oposição precisava agora de aprender a fazê-lo quando está no poder.

Saturday 3 November 2012

Why the IMF therapy is not working in Portugal

The IMF repeats in Portugal the ostrich policy of not recognizing what is fundamentally wrong with its adjustment approach in the Euro Area. In its 5th review of the Portuguese program it states that “authorities have made good progress in reducing macroeconomic imbalances … But after a strong start, the program has entered a more challenging phase … a large and durable fiscal gap has emerged due to a shift in the composition of output from domestic demand to less-taxed net-exports”.

Despite the initial Portuguese external disequilibrium being milder than the Greek or Irish, I anticipated that the program was likely to fail because it had been undertaken reluctantly, too late, with too little and it was too soft. Moreover, its management was weak, incompetent and erratic partly because the Troika was desperate to have a success story and it had in Portugal a Finance Minister – Victor Gaspar – that was seen as one of their men. So, all tough measures (e.g. reducing the number of municipalities and monopolistic rents) were abandoned or reversed. For instance, fiscal consolidation which was to be implemented by 2/3 of expenditure cuts and 1/3 of revenue measures failed completely with the expenditure hardly slowing down and the revenue collapsing.

By now the IMF had to agree to extend its program for one more year and to grant some waivers, while it is already busy working on another package that will inevitably result on more time and more money. This will only raise the Portuguese external debt to new heights without any visible improvement in its economic growth.

Just as a reminder, note that the Greek debt path under IMF management, which started in May 2010 with a general government debt equivalent to 115% of GDP and was supposed to peak in 2012 at 149%, at the start of the second IMF bailout in June 2012 had already reached 165% and is expected to peak at 171% in 2014. For comparison, in Greece the total net external debt rose from 87 to 107% of GDP between 2009 and 2012 while in Portugal (external debt, excluding FDI and reserves) rose only from 98 to 99% of GDP. However, the portion owed by the government increased from 64 to 95% of GDP, degenerating into a sovereign debt crisis.

In a recent post we called the current IMF (Troika) adjustment program for Portugal a pyrrhic victory because, when compared to previous programs, it had doubled the cost of external adjustment in terms of output loss. We identified as the main culprit a weak foreign trade multiplier. So, the key question is why isn´t the trade multiplier working now as it did in past programs? As we calculated the multiplier effect by assuming a constant income elasticity of demand for imports the explanation must be accounted for by a sluggish international economic growth and or changes in relative prices (terms of trade).

In fact, the growth of the world economy accounts for a small portion of the reduced multiplier effect, since the OECD was growing at 6% during the first two programs but recently it has been growing at only 4.3%. So, the majority (71%) of the blame for the smaller multiplier effect lies in a weak export performance because of lower price elasticities and adverse changes in the terms of trade. Since recent estimates show that the export price elasticity remains low (0.42) and statistically is not significantly different from zero, the core explanation must lie in the terms of trade.

The Portuguese terms of trade did not deteriorate enough to drive a higher level of economic activity because of an irresponsible fiscal policy of indirect tax increases that caused a futile destruction of businesses in the non-tradable goods sector and the failure to confront the powerful lobbies in the energy and transport sectors that hamper the tradable goods sector. This trend in the terms of trade is clearly visible in the following chart.

The persistence of domestic inflationary forces despite an increase of 3.5 percentage points in the unemployment rate which reached 15.5% can only be the result of market rigidities compounded by fiscal mistakes.

The program of fiscal consolidation was not only inefficient, but foolish and poorly sequenced. Instead of targeting the preservation or a small rise in revenue, through the broadening of the tax base and selective competitive tax cuts, combined with substantial cuts in subsidies and other wasteful forms of spending it did the reverse. In terms of sequencing, instead of beginning with spending cuts, followed by a broadening of the income tax base and cuts in corporate taxes it did the reverse. It raised indirect taxes first at the expense of external competitiveness and is now promising a massive increase in income and corporate taxes for 2013 to be followed by spending cuts in 2014, thus perpetuating unnecessarily the current recession for at least another two years.

In conclusion, the program left untouched all the cancers blocking the growth of the Portuguese economy listed in this blog long ago as being: irresponsible recourse to PPP financing, large rent-seeking privatized monopolies, extensive subsidization of energy, environment, technological and other self-serving mafias, too many, too inefficient and too indebted State enterprises for the exclusive benefit of their managers, unions and bankers, a financial sector who suckles on public financing, the uncontrollable spending of the health and social security sectors, the destruction of a professionally independent public service, dysfunctional fiscal and judicial systems and generalized recourse to off-budget operations and creative accounting. Indeed, it made things worse through mismanagement. So, without changing course, Portugal is condemned to more than a decade of slow growth and unbearable indebtedness and sooner or later it will have to default or ask for debt forgiveness for the first time since 1892.

As a Portuguese I am saddened to see my beloved country ravaged by an incompetent government in collusion with useless international organizations at the mercy of an unholy alliance of heartless Teutonic European mandarins, predatory Chinese and Angolan dictators and dubious Latin American business interests. This is the end result of 80 years of state capitalism in Portugal.