Questionário

Saturday 16 December 2017

PSD: Cascais vs. Província

As próximas eleições para líder do PSD são um bom momento para apreciar esta dicotomia no “establishment” político Português. Rui Rio é claramente um homem da província e Santana Lopes um homem da linha de Cascais.

Estas duas fações do espectro político existem nos vários partidos (não apenas no PSD), e não se distinguem por terem projetos, ideologias ou valores distintos. Comungam apenas a sua convicção de que são os herdeiros naturais do poder em Portugal. Os “homens da linha” porque se autoconsideram a elite do país, e os “homens da província” porque se autoconsideram representantes do “verdadeiro” povo Português.

Na verdade, são ambos tacanhos ou provincianos no sentido pejorativo do termo. Os de “Cascais” porque confundem umas férias junto do jet set das revistas cor de rosa com sofisticação. Os da “Província” porque se vêm à medida da sua câmara municipal a regatear favores do poder central.

Na qualidade de simpatizante (mas não militante) do PSD, gostaria que houvesse um candidato que quebrasse com esta dicotomia. Na falta de tal candidato, recomendo aos militantes do PSD que escolham o candidato que mais se afaste ou possa vir a quebrar o seu alinhamento com as fações Cascais/Província.

Felizmente, trata-se de candidatos bem conhecidos. Na minha opinião, Santana Lopes, na sua breve passagem como Primeiro Ministro, demonstrou profusamente as suas fragilidades para governar. Rui Rio teve uma governação positiva na cidade do Porto, apesar da sua visão contabilista da governação.

Mas, governar um país como se governa uma autarquia só pode conduzir ao desastre (como António Costa demonstrará mais tarde ou mais cedo). Todavia, se usarmos o critério do mal menor, Rui Rio devia ser a escolha óbvia dos militantes do PSD.

Porém, como a atual legislatura pode durar mais dois anos, o candidato que vier a ser eleito não é necessariamente candidato a primeiro-ministro em finais de 2019.

Tal leva alguns militantes a preferir o candidato mais capaz de fazer oposição. Outros, nomeadamente alguns liberais que escrevem no Observador, prefeririam optar pelo mal maior, na esperança que um novo líder do tipo Passos Coelho voltasse em 2019. Para esse efeito apoiam Santana Lopes.

Penso que ambos estão errados. Se o PSD quiser recuperar a sua credibilidade junto do eleitorado tem de recusar as soluções do mal maior. Se voltar a preterir Rui Rio, o PSD repete o erro que cometeu no passado

Monday 11 December 2017

Manias: The Pokemon and Bitcoin crazes

For those who thought that popular delusions and manias were a thing of the past, like the Tulips in XVII Century Amsterdam, not possible in the age of information and the knowledge economy, now we have two manias to prove otherwise.

The Pokemon craze has quietly waned, but the Bitcoin is now raging with the prospect of getting some official recognition by the Chicago Mercantile Exchange (CME). The first game consisted on searching hidden toys for pleasure. The Bitcoin consists on searching for a computer code hidden in a mathematical algorithm. But because the code is promoted as being money (a cryptocurrency) some people are getting crazy about the possibility of getting rich quickly.

So, will Bitcoin end quietly like Pokemon? Probably not, given the money involved.

Should the authorities do something about this madness? Some would say no, with the argument that people must learn from their own stupidity.

Personally, I would agree with that if the Central Banks had not been given the monopoly of issuing money. But since they have it, Central Banks are responsible to guarantee that the money in circulation is not false. So, I have denounced their inaction in this post.

Should the government do something about it? Yes. If, as most people say, Bitcoin is used regularly by criminals to hide their transaction and money laundering, then the government has a unique to opportunity to tax those criminals. Moreover, its quite easily done! It simply needs to tax any purchase or sale of Bitcoins against any legal currency or other type of asset by 50%.

So, what are Central Banks and Governments waiting for? To create a major financial crisis? Let’s hope not!

Tuesday 7 November 2017

Prioridades: Lutero vs Lenine



Este ano celebram-se dois centenários de relevância mundial – os 500 anos da declaração de Lutero e os 100 anos da revolução Russa.

A nossa comunicação social está cheia de artigos sobre a segunda, muitos desculpabilizando o regime comunista, um dos mais sanguinários e empobrecedores que a humanidade já conheceu.

Sobre as 95 teses afixadas por Lutero na porta da Igreja no Castelo de Wittenberg, há 500 anos, os artigos contam-se pelos dedos de uma mão.

No entanto, se não fosse a reforma do Cristianismo iniciada por Lutero não teríamos hoje o desenvolvimento cientifico, social e filosófico de que beneficiamos.

A própria Igreja Católica, não se teria modernizado e estaria ainda cativa do obscurantismo que propagou durante toda a Idade Média.

Infelizmente, em Portugal, estas duas prioridades revelam bem o atraso civilizacional em que o país continua mergulhado.

Wednesday 27 September 2017

Bombardier: Another reminder about crony capitalism

The USA threatens to impose a 219% tariff on imports of airplanes, at the request of Boeing who accuses Bombardier of selling at prices below cost, due to subsidies received in Northern Ireland and Canada. This is a brutal reminder about the dangers of politicians trying to “do deals” on behalf of their national companies.

The airplane industry is one the industries more rigged by protectionism of all kinds, and no company (including Boeing) is clean in the game. Likewise, with governments. The UK, despite its free trade rhetoric, is now threatening to retaliate by reducing its defence contracts with Boeing.

The risk of protectionism spiralling again out of control in the Western World is a consequence of the hypocrisy of politicians and the Trump advocacy of America First and “doing deals” approach to international trade arrangements.

The job of politicians it is not “to do deals”, their only job is exactly the opposite – to secure a level playing field for all.



Friday 22 September 2017

Brexit: Theresa May speech a difficult balancing act

It seems that British Prime Minister, has finally decided to endorse a soft Brexit.

Basically, she proposes a future agreement somewhere between the current European Economic Area (EEA) model and the Canadian Trade Agreement (CETA) plus a new security treaty, to be implemented after a two-year transition period, when everything would remain the same, expiring before the UK general election in 2022.

It seems a moderate approach, but it risks being contested by both sides of her party, and leaves open the question of whether she will survive long enough as Prime Minister.

From a European perspective, it is important to ascertain whether the UK wishes to be closer to Norway or Canada, before the EU can accept a pick-and-choose approach to the benefits of the single market.

For instance, will the UK wish to remain in the single market for financial services, but not in other sectors? These and many other issues have to be addressed as soon as possible, and the broader the agreement the better.

However, even if the UK opts for an agreement closer to the EEA, my previous estimate (Mendes 2017) that Brexit may cost the UK a long-term slowdown in GDP growth of approximately 20% is not significantly reduced.

In the end, Brexit is still a bad “deal” for Britain.

Wednesday 23 August 2017

Estátuas: sobre o derrubar de estátuas e o reescrever do passado


George Orwell já disse o que havia a dizer:

"Todo o registro foi destruído ou falsificado, todo o livro reescrito, cada imagem foi repintada, cada estátua e prédio de rua foi renomeado, cada data foi alterada. E o processo continua dia a dia e minuto a minuto. A história parou. Nada existe, exceto um presente sem fim no qual o Partido está sempre certo ".

Wednesday 16 August 2017

Leitura de férias: especialmente para comunistas e seus simpatizantes

Acabei de ler a versão inglesa desta impressionante narrativa de uma fugitiva da Coreia do Norte.

A primeira parte descreve a vida na Coreia do Norte, relatando o regime de terror e corrupção nesse país, que venera o líder do Partido Comunista como se fosse um Deus.

Parece inacreditável que tais regimes ainda existam no século XXI. Mas, ainda mais chocante, é que o Partido Comunista Português se inspire, defenda e apoie a Coreia do Norte.

Por isso, recomendo vivamente este livro aos meus colegas e amigos que ainda acreditam no comunismo.

Leiam o livro para que, depois do inevitável colapso de tal regime, não venham dizer que não sabiam o que se passava na Coreia do Norte!

Wednesday 2 August 2017

Irresponsabilidade financeira: a brincar com o dinheiro dos contribuintes

Há duas semanas o governo anunciou que iria financiar em mais de 145 milhões de Euros a compra de 510 novos autocarros a gás e elétricos.

Hoje anunciou que iria financiar os 300 milhões de Euros da construção do novo hospital oriental de Lisboa através de uma Parceria Público Privada (PPP).

Porque é que são irresponsabilidades?

Os autocarros elétricos custam o dobro dos normais (cerca de 400 mil Euros em vez de 200 mil)!

O financiamento por PPP custa o dobro ou o triplo do financiamento por divida pública!

Em suma, num país de tanga, o governo dá-se ao luxo de esbanjar mais de 200 milhões de Euros sem qualquer razão válida que não seja facilitar os contratos com os amigos do costume!

Saturday 15 July 2017

Ilusões: escrever direito por linhas tortas?

A recente retoma económica em Portugal criou duas ilusões de sinal oposto.

Os adeptos do governo da geringonça acreditam que a reversão das medidas de austeridade sem agravamento do défice, explicam a sua inutilidade e a retoma económica.

Os defensores do anterior governo acreditam que a retoma económica não seria possível sem a austeridade que tiveram que aplicar.

Estão ambos enganados.

A austeridade seletiva não eliminou os problemas estruturais que levaram à quase bancarrota do país, de outro modo a reversão das medidas por este governo já teria levado ao agravamento do défice nas contas públicas.

Diz-se que tal só não está a ocorrer porque o governo continua a controlar o défice através de uma austeridade disfarçada (divida a fornecedores, cativações e outros expedientes). Isto é, estaria a escrever direito por linhas tortas, reduzindo o défice à custa do consumo e investimento público, mas restabelecendo os privilégios dos funcionários públicos e o poder do PCP/CGTP/sindicatos nos setores protegidos da concorrência internacional.

Tal poderá ser verdade, mas não explica a retoma económica nem o renascer do otimismo entre os Portugueses. Em relação ao otimismo, para além da tradicional tendência que temos para alternar entre euforia e pessimismos excessivos, tratar-se-á sobretudo do tipo de otimismo daqueles que perdidos no deserto encontram um pequeno oásis que lhes permite sobreviver mais um tempo.

Relembremos alguns dados dos processos de ajustamento vividos em Portugal.

No final do período de três anos do programa da Troika, o ajustamento alcançado na conta corrente de Portugal era semelhante ao dos programas anteriores (8,8% contra 7,7% e 10,1% em 1978 e 1983, respetivamente). No entanto, desta vez, a correção demorou o dobro do tempo e o custo em termos de queda de produção mais do que duplicou (uma queda de 5,2%, contra uma desaceleração de 2,7% em 1978 e uma perda de 2,1% em 1983).

E o que é que aconteceu no período pós-programa? Ao programa de 1978-90 seguiu-se a recessão internacional de 1981-82 pelo que ao fim de três anos tivemos de recorrer a novo programa de ajustamento. O programa seguinte não sofreu a mesma sorte porque entramos para a União Europeia em 1986 e os fundos comunitários vieram adiar por muitos anos os nossos problemas estruturais na balança de pagamentos.

O pós-programa de 2011-2013, também está a beneficiar de três fatores externos positivos muito significativos – o desvio do turismo do norte de África para Portugal e Espanha, a intervenção do Banco Central Europeu e a desvalorização salarial adotada no programa. Porém, nem a magnitude nem a duração estes fatores se podem comparar à entrada na União Europeia.

Por isso, se não mudarmos de rumo, a atual acalmia não durará, na melhor das hipóteses, uma dúzia de anos.

Não vale a pena iludirmo-nos de que estamos a escrever direito por linhas tortas.

Tuesday 4 July 2017

Equívocos: MISSÃO PARA A CAPITALIZAÇÃO DAS EMPRESAS

Recebi um convite da AIP para mais uma conferência (ver abaixo). Desta vez sobre a capitalização das empresas.

Para além dos erros ortográficos, os temas propostos enunciam já o que está errado no que se propõem fazer com dinheiros públicos.

Erro número um: parte-se do principio que as empresas estão sobre endividadas. Ora a teoria financeira predominante considera que, sem distorções fiscais e regulatórias, a estrutura de capital é irrelevante para o valor da empresa. Também os estudos empíricos Portugueses existentes nesta matéria não são inequívocos.

Erro número dois: ignoram que a fonte principal de capital nas empresas deve provir dos próprios sócios, familiares e amigos, que são quem está em melhor posição para avaliar o sucesso do negócio, e não disfarçada de subsídios pelo pior dos sócios possível – o Estado – que só serve para empatar, distorcer a concorrência e induzir os empresários em investimentos ruinosos. Converter créditos em capital ou criar novos créditos fiscais só serve para desencorajar os verdadeiros investidores que melhor podiam avaliar o desempenho das empresas.

Erro número três: a inexistência de alternativas ao financiamento bancário em Portugal não é um problema das empresas, é um problema do sistema financeiro. É culpa do governo que tem estimulado e protegido os bancos no seu esforço para impedir o florescimento do mercado de capitais em Portugal. Chegou-se ao ridículo de subsidiar os próprios “business angels”, e nada se faz para que a bolsa portuguesa tenha pouco mais de uma dúzia de empresas cotadas merecedoras desse nome enquanto noutros países com a nossa dimensão (e.g. Israel) têm centenas.

Erro número quatro: continua a aceitar-se que determinados credores (sobretudo o Estado tenham preferência) tornando impossível a qualquer acionista reestruturar ou liquidar a sua empresa de forma honesta e equitativa.

A lista podia continuar, mas não vale a pena pois estas conferências só servem para justificar subsídios e mais subsídios utilizando a argumentação que na altura estiver na moda.

Estamos nisto desde 1985 (incluindo a própria AIP) sem que ao fim de mais de 30 anos ninguém se interrogue sobre o seu impacto na capitalização das empresas!


Anexo:
EMCE - ESTRUTURA DE MISSÃO PARA A CAPITALIZAÇÃO DAS EMPRESAS




• Conversão decréditos e lucros em capital
• Crédito fiscal de sócios de empresas
• Redução de dependência do financiamento bancário e sobreendividamento
• Novo quadro de reeestruturação de passivos e insolvências
• Fundo de relançamento empresarial
• Linhas de financiamento Capitalizar
COM A PRESENÇA DE

Ministra da Justiça - Francisca Van Dunem
Ministro da Econom ia - Manuel Caldeira Cabral
Presidente da EMCE - José António Barros
Inscrições: cordeiro@aip.pt | 213 601 089






Saturday 24 June 2017

Partidos: A ilusão do centro

O sucesso de Macron em França popularizou novamente o lançamento de novos partidos ao centro.

Face ao descalabro dos partidos conservadores e social democratas perante o populismo da esquerda e direita radicais a ideia parece apelativa e já começou a ter alguns adeptos em Portugal (vide expresso desta semana).

Acresce que, com exceção das eleições muito renhidas que podem ser decididas pelos extremos, em geral as eleições são decididas pelos eleitores do centro que alternam entre a esquerda e a direita.

É também verdade que a ausência de um partido liberal em Portugal e a desilusão dos sociais democratas que não se revêm no PSD e PS atuais criam um largo campo para um novo partido ao centro.

Porém, é preciso ponderar bem a viabilidade de partidos centristas sem uma matriz ideológica. A experiência do PRD em Portugal tem muitos ensinamentos nesta matéria. Em particular, a forma inglória como rapidamente se desmoronou após o seu sucesso inicial.

A meu ver o país ganhará mais com novos partidos claramente à esquerda ou à direita, em particular com um partido de esquerda não socialista.

O eleitorado, embora preferindo que se governe ao centro, gosta de escolher entre alternativas claras e repudia cada vez mais a simples rotação de cadeiras à mesa do orçamento por parte dos políticos profissionais.

De qualquer modo, votos de sucesso às novas iniciativas partidárias.

Wednesday 21 June 2017

Autarcas: fazer mais ou melhor?

Quando se aproximam as eleições autárquicas é importante analisar o que nos propõem os candidatos.

Não faltam nas respetivas campanhas promessas de fazer mais ou o de nos lembrarem que fizeram isto ou aquilo. Porém, tal não devia ser o seu mote principal. Os eleitores deviam ser mais rigorosos na avaliação do que eles não fizeram ou se propõem fazer.

Comecemos pela função básica dos autarcas – manter as ruas pavimentadas e limpas.

O que constatamos é que uma boa parte estão num estado semelhante ao da fotografia abaixo.


Entretanto, qual é a atitude mais comum entre autarcas?

Fazer pavimentações apressadas pelo dobro do preço normal em ano de eleições ou ignorar sobranceiramente os buracos e prometer novos pavilhões polidesportivos ou festas de verão.

Se continuarmos a ignorar que quem não faz bem o essencial, não pode fazer bem o acessório o país não pode progredir.

Embora o fazer bem não exclua o fazer mais, quando encontrarem um autarca na campanha eleitoral não se esqueçam de lhe perguntar se não é capaz de fazer melhor na pavimentação e manutenção das ruas.

Monday 19 June 2017

Incêndios: Culpas e desculpas

A discussão sobre o que aconteceu em Pedrogão Grande corre o risco de se tornar idêntica à discussão de todos os verões a propósito dos mortos na estrada. Isto é, confrontam-se os que acham que a culpa é do excesso de velocidade, do mau estado das estradas ou do álcool e cada um fica na sua a aguardar o próximo verão para recomeçar a defender o seu ponto de vista. Porém ignora-se sobranceiramente que todos estes fatores contribuem para a sinistralidade e como é que alguns países (por exemplo a Austrália) conseguiram reduzir drasticamente a sinistralidade.

No caso dos incêndios o debate é sobre a sua prevenção e o seu combate. Na verdade, não é necessário escolher entre prevenção e combate porque precisamos de ambos!

No entanto, boa parte dos ditos especialistas nacionais de ambos os lados do debate estão inquinados por "lirismos" e "interesses" nas respetivas soluções.

Se nas Universidades já aceitamos que a sua avaliação seja internacional, porque é que não fazemos o mesmo nos incêndios. O que precisamos é de um estudo imparcial, comparativo com países de clima semelhante, sobre os meios que utilizamos e os resultados que obtemos.

Só com análises independentes e sérias podemos encontrar o equilíbrio adequado entre prevenção e combate aos incêndios.

Concentremo-nos por ora na solidariedade com as vitimas, mas sem deixar de exigir aos responsáveis políticos um estudo rigoroso sobre as causas desta tragédia.

The Legacy of Hollande

In 2011, after the election of Hollande, I published a post with a table depicting 13 OECD social and economic indicators on which I would judge his presidency. I also made a bet that 77% of them (10 out of the 13) would get worse. Meanwhile, the OECD abandoned some of the indicators and changed others. So, for consistency, I publish below a new table with the existing indicators before and after Holland to evaluate his mandate.



Out of the initial 13 indicators, the OECD now publishes only 8 but I added the debt/GDP ratio which is equivalent to the previous indicator to end up with 9 indicators to compare the pre and the post Hollande.

First, I lost my bet. Hollande was bad, but not as bad I had forecasted. Only 55% (or 67% if I count the current account evolution as negative) of the indicators worsened during his mandate.

Actually, the breakdown of the indicators to see where there was improvement and deterioration is more interesting.

The French economy did not do too bad under Holland, with the productivity gap in relation to the USA substantially reduced, the current account deficit kept at a low level and inflation substantially reduced.

In terms of public finances, Holland continued the socialist tradition of increased public spending. Its rise of 2.6 percentage points, to reach 57.9% of GDP, was partially financed by a higher tax revenue. However, it was not enough to prevent a 20% increase in public debt, which rose from 100% to 120% of GDP.

What is more significant is that in relation to social policies, which the left traditionally claims to be its priority, Hollande’s score was quite negative. With the exception of youth unemployment which fell from 20 to 18 per cent, the other social indicators worsened. Employment declined slightly to 63.8% of the working age population, while unemployment rose significantly from 8.3 to 10.3%.

Overall, one may say that Hollande’s zigzagging between traditional socialist policies and some forms of timid liberalization offsetted each other so that his legacy was not as dire as I had anticipated.

Let me comment briefly on his political legacy.

At the international level, Hollande’s performance was reasonable and aligned with the promotion of traditional western values.

The same cannot be said at the national political level. Apart from his matrimonial adventures and other minor internal affairs which may had weighted on his presidency ending with the lowest approval ratings of any previous president, his legacy will certainly be remembered by the eclipse of the socialist party and the emergence of Macron’s new centrist party.

To be fair, Hollande made some modest contribution to the victory of the new President.

So, his final political balance will depend on the failure or success of his successor to stop France from falling into left (Melechon) and right wing (Le Pen) anti-European extremisms.

Friday 24 March 2017

The 60th anniversary of the EU does not need to mean decadence

My personal contribution to commemorate the EU 60th anniversary was to publish a second edition of my 1987 book on Economic Integration and Growth, to which I added a second part dealing with enlargement and the risk of disintegration following Brexit. A link for the book is found on the left and next I reproduce its concluding chapter.

How to Rebuild a Collapsing Castle

As in relation to historical buildings, common sense dictates that the restoration of a collapsing integrated union cannot be done by demolishing first to build after. Instead, it needs some education about the value of preserving past achievements. Here lies the difficulty, but not at the technical and legal level. This is so because the required political will to preserve economic freedom is not only wavering, it risks being reversed by rising political populism in America and Europe.

This book provides plenty of theoretical and empirical evidence about the economic superiority of free trade over protectionism. However, integration is not just about economic gains and losses; it is also about institutional and political arrangements that are efficient and fair to mobilise all members regardless of their specificities. As said in chapter 10, there is no point in being a member if a country wishes to be part of other integration process or believes that an atomised world of independent states is a better road to achieve global liberalisation.

So far, it is not yet clear which of these roads Britain wishes to follow. However, this is not really important for the remaining EU members. What they need to consider is whether they should use the Brexit opportunity to change their own organisation to deal with other “unsatisfied members” and future entries and exits.

The current situation, in relation to neighbouring countries, is depicted in the diagram shown above in page 207, which needs to completed by a list of six Western Balkan countries, of which four (Albania, Macedonia, Montenegro and Serbia) are already official candidates and two (Bosnia and Kosovo) are potential candidates. The Balkan problem can be resolved swiftly through a bold enlargement. Although the Balkan countries are problematic due to rampant criminality (Albania), ties to Russia (Serbia), and Islamic population (Bosnia and Kosovo), they should not be excluded.

Indeed, their membership would make more compelling the need to transform the European Union into an official multi-tier union, based on a variable geometry as discussed in chapter 10. The institutionalisation of a variable geometry would allow member countries to opt out or to be demoted from some policies without major political upheavals. For instance, temporarily, Greece could leave the euro until she has sorted out her foreign debt. Romania could be demoted from the free movement of people while the current members could repatriate professional beggars from that country. Likewise, countries like Hungary and Poland, which are diverging from the EU pattern of democracy, could be demoted to a lower level of integration.

The long-waiting candidacy of Turkey to join the European Union should be abandoned; it seems to have replaced its strategic membership of the EU by an attempt to become the leading Islamic power in the Middle East.
Indeed, the end of the American leadership in the free world brought about by the new Trump administration is likely to generate a new drive towards the creation of rival spheres of influence. In Europe, Britain, Russia and Turkey are likely to strive to create their own spheres of influence at the expense of the European Union.

This new XXI rivalry will differ from nineteenth-century imperialism. It will use modern weapons to impact on the policies pursued by the European Union. For instance, Erdogan’s Turkey might use migration and refugees to destabilise Europe; Putin’s Russia may use energy and its spies and corrupt oligarchs to trap neighbouring countries and discredit democratic EU institutions; while Theresa May’s Britain may be tempted to use tax competition to break the social security net in the European Union.
Although individually, each of these countries is too small to threaten the EU economically, when combined, their challenge cannot be ignored in the design of new EU policies to keep and foster the integration process.

To cope with this challenge, the EU needs to simultaneously launch new common policies whilst disengaging or scaling back some of the current, more divisive policies. Moreover, the new exclusive policies should have a significant budgetary value (e.g., raising its level from less than 2 percent to a value closer to 10 percent) to have a macroeconomic role. Moreover, they should not be of a sector nature and distort international competition.

At the top of the list should be a single policy on migration and refugees, inspired by the Canadian or Australian models. In second place should be a policy of common defence and security, including a nuclear deterrent, so that the EU becomes ready to lead NATO should the United States weaken its commitment to the alliance.

Next should be the financing of the high end of two fundamental public services—education and healthcare. Given the success of the Erasmus student mobility program and the rising costs and competition of research, higher education and hospital healthcare are two obvious candidates to be funded at the European level.

Looking forwards, a regionally differentiated basic-income policy for unemployed, destitute, and old people should also be considered.

Of course, a multi-tier Europe with new single policies can only work with proximity and the trust of the people. The model based in the centralisation of the European civil servants in Brussels is no longer efficient or acceptable to guarantee accountability and democracy.

The current institutions have not done enough to prove their accountability, and direct elections for the European Parliament have not contributed to create truly European parties where the electors feel represented. Moreover, the idea that the current institutions—commission, council, and parliament—may transform into a government, senate, and congress of a future federation or confederation is utopian.

The EU needs to create institutions that are adapted to its diversified country basis. One such solution would be to split the European Parliament into upper and lower houses, the first made of members elected by the national parliaments and the second by members elected directly in European lists.

To sum up, like the founding fathers had to select policies that were then crucial, any restoration of the European Union has to do the same. Back then, the challenge was to reconstruct a democratic Europe from destruction. The obvious industries were atomic, coal, steel, and farming. Now the challenge is to win the race for talent and technology and to do so with social stability and security, in a world threatened again by multi-polar power players.