Questionário

Saturday, 16 December 2017

PSD: Cascais vs. Província

As próximas eleições para líder do PSD são um bom momento para apreciar esta dicotomia no “establishment” político Português. Rui Rio é claramente um homem da província e Santana Lopes um homem da linha de Cascais.

Estas duas fações do espectro político existem nos vários partidos (não apenas no PSD), e não se distinguem por terem projetos, ideologias ou valores distintos. Comungam apenas a sua convicção de que são os herdeiros naturais do poder em Portugal. Os “homens da linha” porque se autoconsideram a elite do país, e os “homens da província” porque se autoconsideram representantes do “verdadeiro” povo Português.

Na verdade, são ambos tacanhos ou provincianos no sentido pejorativo do termo. Os de “Cascais” porque confundem umas férias junto do jet set das revistas cor de rosa com sofisticação. Os da “Província” porque se vêm à medida da sua câmara municipal a regatear favores do poder central.

Na qualidade de simpatizante (mas não militante) do PSD, gostaria que houvesse um candidato que quebrasse com esta dicotomia. Na falta de tal candidato, recomendo aos militantes do PSD que escolham o candidato que mais se afaste ou possa vir a quebrar o seu alinhamento com as fações Cascais/Província.

Felizmente, trata-se de candidatos bem conhecidos. Na minha opinião, Santana Lopes, na sua breve passagem como Primeiro Ministro, demonstrou profusamente as suas fragilidades para governar. Rui Rio teve uma governação positiva na cidade do Porto, apesar da sua visão contabilista da governação.

Mas, governar um país como se governa uma autarquia só pode conduzir ao desastre (como António Costa demonstrará mais tarde ou mais cedo). Todavia, se usarmos o critério do mal menor, Rui Rio devia ser a escolha óbvia dos militantes do PSD.

Porém, como a atual legislatura pode durar mais dois anos, o candidato que vier a ser eleito não é necessariamente candidato a primeiro-ministro em finais de 2019.

Tal leva alguns militantes a preferir o candidato mais capaz de fazer oposição. Outros, nomeadamente alguns liberais que escrevem no Observador, prefeririam optar pelo mal maior, na esperança que um novo líder do tipo Passos Coelho voltasse em 2019. Para esse efeito apoiam Santana Lopes.

Penso que ambos estão errados. Se o PSD quiser recuperar a sua credibilidade junto do eleitorado tem de recusar as soluções do mal maior. Se voltar a preterir Rui Rio, o PSD repete o erro que cometeu no passado

Monday, 11 December 2017

Manias: The Pokemon and Bitcoin crazes

For those who thought that popular delusions and manias were a thing of the past, like the Tulips in XVII Century Amsterdam, not possible in the age of information and the knowledge economy, now we have two manias to prove otherwise.

The Pokemon craze has quietly waned, but the Bitcoin is now raging with the prospect of getting some official recognition by the Chicago Mercantile Exchange (CME). The first game consisted on searching hidden toys for pleasure. The Bitcoin consists on searching for a computer code hidden in a mathematical algorithm. But because the code is promoted as being money (a cryptocurrency) some people are getting crazy about the possibility of getting rich quickly.

So, will Bitcoin end quietly like Pokemon? Probably not, given the money involved.

Should the authorities do something about this madness? Some would say no, with the argument that people must learn from their own stupidity.

Personally, I would agree with that if the Central Banks had not been given the monopoly of issuing money. But since they have it, Central Banks are responsible to guarantee that the money in circulation is not false. So, I have denounced their inaction in this post.

Should the government do something about it? Yes. If, as most people say, Bitcoin is used regularly by criminals to hide their transaction and money laundering, then the government has a unique to opportunity to tax those criminals. Moreover, its quite easily done! It simply needs to tax any purchase or sale of Bitcoins against any legal currency or other type of asset by 50%.

So, what are Central Banks and Governments waiting for? To create a major financial crisis? Let’s hope not!