O sucesso de Macron em França popularizou novamente o lançamento de novos partidos ao centro.
Face ao descalabro dos partidos conservadores e social democratas perante o populismo da esquerda e direita radicais a ideia parece apelativa e já começou a ter alguns adeptos em Portugal (vide expresso desta semana).
Acresce que, com exceção das eleições muito renhidas que podem ser decididas pelos extremos, em geral as eleições são decididas pelos eleitores do centro que alternam entre a esquerda e a direita.
É também verdade que a ausência de um partido liberal em Portugal e a desilusão dos sociais democratas que não se revêm no PSD e PS atuais criam um largo campo para um novo partido ao centro.
Porém, é preciso ponderar bem a viabilidade de partidos centristas sem uma matriz ideológica. A experiência do PRD em Portugal tem muitos ensinamentos nesta matéria. Em particular, a forma inglória como rapidamente se desmoronou após o seu sucesso inicial.
A meu ver o país ganhará mais com novos partidos claramente à esquerda ou à direita, em particular com um partido de esquerda não socialista.
O eleitorado, embora preferindo que se governe ao centro, gosta de escolher entre alternativas claras e repudia cada vez mais a simples rotação de cadeiras à mesa do orçamento por parte dos políticos profissionais.
De qualquer modo, votos de sucesso às novas iniciativas partidárias.
Saturday, 24 June 2017
Partidos: A ilusão do centro
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