Questionário

Tuesday, 31 May 2011

Mandatory debt ceilings: yes or no?

Today, at 6:30PM, the US Congress is due to vote on vote on a bill that would raise the nation's $14.3 trillion debt limit to $16.3 trillion without any accompanying spending cuts. The idea that mandatory debt ceilings inscribed in special legislation or even in the Constitution is again the focus of strong controversy in both the USA and Europe. However, many people oppose or support the ceilings on the basis of two apparently reasonable ideas.

For the opposing camp they are useless because they will be broken whenever politically expedient horse-trading takes place. The supporters defend them on the grounds that they force the politicians to compromise and thus reduce their impetus toward spending. However, both are misguided because they fail recognize what is the rationale behind mandatory limits.

When mandatory limits are imposed by creditors, its rationale is clear - to reduce the risk for existing creditors. However, when the limits are self-imposed the logic must be based on some idea of what is the optimal level of leverage. Here comes the problem – what is the optimal level?

To find the optimum leverage is extremely difficult in the case of private companies, and almost impossible in the case of governments. Fifteen years ago I worked on a corporate model for such purpose based on the common practice of using the debt coverage ratios demanded by bankers. However, because such optimum is constrained by the availability of collateral and the supply of leverage it means that in practice it is defined in relation to two volatile factors – the availability of investment opportunities with sufficiently good returns and loanable funds.

The recent credit crisis has shown again that when markets deviate from generally accepted trends the uncertainty caused by fear or euphoria will inevitably shift substantially any leverage levels previously defined as optimal.

For this reason in corporate finance we now prefer to use the concept of maximum debt capacity, calculated on the basis of the present value of projected free cash flows. Unfortunately, this is not easily applied to public finances because its accounting standards does not allow the calculation of the free cash flow and for the reason that the return on public spending is difficult to measure let alone forecast.

In the absence of a scientifically defined debt ceiling for normal circumstances (excluding war and massive natural disasters) it is wiser to rely on common sense and some prudence. So, if a ceiling is to be defined it should not be inscribed in the Constitution but on a special law approved by a qualified majority. The ceiling itself must be defined well below a conservatively defined level of leverage supply under normal circumstances using as a benchmark the corporate sector.

Otherwise, do not waste time fighting over arbitrarily defined ceiling limits, instead of the underlying policies.

Monday, 30 May 2011

Nacionalizar bem e depressa

O socialismo supostamente liberal de Guterres e Sócrates deixou o país na situação paradoxal de precisar simultaneamente de vigorosos programas de privatização e (re) nacionalização.

As nacionalizações necessárias resultam fundamentalmente das seguintes práticas socialistas: 1) des-orçamentação e fuga aos mecanismos de controlo orçamental; 2) privatização de monopólios naturais; 3) encobrimento do endividamento público e ocultação das despesas públicas; e 4) subsidiação directa e indirecta de negócios privados que são ruinosos para o Estado.

Esta lista de práticas permite-nos enumerar rapidamente as empresas que devem ser re-nacionalizadas.

No primeiro caso, podemos listar todas as sociedades criadas com o objectivo de tornear as regras de contratação pública nomeadamente as sociedades Polis, a Parque Escolar e os Hospitais EP. Esta política de agilizar o Estado é aparentemente razoável, mas na verdade contraproducente porque impede a mais que necessária reforma do Estado. Em particular, impede a criação de regimes transparentes de contratação pública diferenciados para situações específicas devidamente identificadas.

No segundo caso podemos destacar a distribuição de energia das redes de baixa e alta tensão. Embora a privatização de monopólios naturais possa ser justificável quando a sua regulamentação é fácil (por exemplo no caso das redes de alta tensão - REN) o mesmo já não se verifica nas redes de distribuição ao consumidor final onde os problemas de subsidiação cruzada são particularmente relevantes e difíceis de regular. Por isso a EDP Distribuição devia ser separada da EDP e re-nacionalizada através da criação de empresas regionais. Estas são facilmente geridas no sector público, criando simultaneamente condições para uma verdadeira concorrência ao nível da produção de energia.

A terceira prática abrangeu diversos sectores, nomeadamente nas obras públicas, saúde, segurança social e autarquias, mas onde atingiu maiores proporções foi em operações de venda/arrendamento (leaseback), contabilização como receitas da aquisição dos fundos de pensão de diversas entidades (com destaque para a PT) e muito em especial as famigeradas parcerias público-privadas.

Nestas últimas não só se atingiram valores exorbitantes e se empregaram todas as práticas atrás referidas como se chegou ao cúmulo de contabilizá-las como receita em vez de despesa. É por isso uma das áreas prioritárias para re-nacionalização.

Na basta renegociá-las para corrigir a remuneração absurda prevista nalguns dos casos. Na verdade, a continuação da exploração privada das mesmas em condições de monopólio não é a solução mais económica para o Estado. A solução mais adequada passa pela re-nacionalização, uma vez que tal poderá mesmo facilitar o reequilibro do sector bancário.

Finalmente, os casos mais gritantes da prática número quatro encontram-se nos sectores da água, ambiente e energia. Por exemplo, a criação de um monopólio nacional (Águas de Portugal) não favorece a eficiência no abastecimento de água e saneamento mas abre as portas á sua privatização num regime de difícil regulamentação.

No entanto, o caso mais clamoroso está nos subsídios aos produtores de electricidade, que são pagos directamente pelos consumidores e não são contabilizados como despesa pública. No caso das energias renováveis esses “impostos e subsídios” escondidos como taxas chegam a onerar a factura do consumidor em mais de 30%.

Porém, enquanto a re-nacionalização de muitas das entidades criadas pode e deve ser feita de forma expedita através de simples actos administrativos no caso dos monopólios naturais e das PPPs as soluções são mais complexas.

Por isso, nestes casos não são de excluir soluções alternativas mais expeditas, nomeadamente um sistema baseado numa taxa reguladora do nivelamento da concorrência internacional nos sectores básicos da energia, transportes e comunicações.

Infelizmente, no domínio energético (como noutros) o programa de ajustamento negociado com a Troika ficou-se por uma simples manifestação de intenções: “assegurar que a redução da dependência energética e a promoção das energias renováveis seja feita de modo a limitar os sobrecustos associados à produção de electricidade nos regimes ordinário e especial (co‐geração e renováveis) ”.

Portugal precisa, pode e deve fazer mais.

Saturday, 28 May 2011

Sharing the burden of government

The old fear that democracy would allow the poor to expropriate the property of the rich has never materialized. If anything, the opposite may be happening in America.

Explaining this fact is one of the greatest puzzles of American politics. An interesting attempt to solve the puzzle can be found on this post by Christopher Jencks.

However, in our view, the author misses two of the most important reasons, namely the decreasing returns to scale in the field of taxation and the policy of “bribing of the poorer among the poor”.

The first relates to the well known fact that the rich can afford to buy more tax planning/avoidance protection, and that when faced with higher taxes they have a greater incentive to take their income and wealth away from the taxman.

The second is largely unknown or considered something that happens only in less developed economies. For instance, Chavez and other populist dictators often secure their political power base by providing some income distribution among the poorest members of society to provide them with a base of popular support. This technique is also used by criminals when setting up their own system of social security in the neighborhoods they control.

What is not recognized is that the American situation, where the bottom 50% of the population hardly pays any income tax, corresponds to a similar policy. This policy has been at the expense of the remaining 45% of the non-rich population (mostly middle and upper middle classes).

This raises two interesting questions that we will revisit later. First, why representative democracy did protect the rich but failed to develop a better tax system based on expenditure and wealth rather than income? Second, are the bottom earners really benefiting from income tax exemptions?

Friday, 27 May 2011

O Estado da Nação: Investidor Iraniano cria SAD do Beira-Mar

Ontem, em Assembleia Geral, 302 sócios do Beira-Mar aprovaram por maioria a criação de uma SAD controlada por um investidor Iraniano – de seu nome Majid Pishyar. Em princípio não temos nada contra o investimento estrangeiro no Futebol. No entanto, quando se trata de investidores oriundos de países sujeitos a sanções das Nações Unidas, a simples prudência dita que se averigúem as motivações de tais investidores. Em particular quando se trata de um sector – futebol – que muitas vezes atrai indivíduos de reputação duvidosa e tem sido usado para fazer branqueamento de capitais.

Não conhecemos o senhor Pishyar, mas uma simples pesquisa no Google diz-nos que se trata de um empresário ligado ao regime de Teerão, com investimentos imobiliários no Dubai, e que tem comprado vários clubes de futebol.

Em 2004 comprou um clube Austríaco - FC Trenkwalder Admira Wacker Mödling – deixando o clube num desastre financeiro quando o abandonou em 2008 para comprar um outro clube, desta vez na Suíça – o Servette Football Club de Genebra, com a promessa ainda não cumprida de o fazer chegar ao topo da divisão. Chegou agora a vez do Beira-Mar com promessas idênticas.

Desde que a Câmara Municipal de Aveiro deixou de pagar a quase totalidade do plantel do clube o Beira-Mar deixou de ter qualquer viabilidade financeira, uma vez que apenas nos jogos com o Benfica e o Porto consegue ter mais de 2000 espectadores no estádio. A questão que se coloca então é: o que leva um empresário experiente a comprar um clube falido e com prejuízos recorrentes?

Se fosse na sua própria terra, poderia pensar-se que era para obter reconhecimento social. Em Portugal só pode ser por outras razões. Uma das razões frequentes é a obtenção de favorecimentos no licenciamento de empreendimentos imobiliários, mas no estado em que o sector se encontra é duvidoso que os investidores estrangeiros precisem desse tipo de expediente para convencer os autarcas. Restam razões mais obscuras, como a fuga às sanções contra o Irão e o branqueamento de capitais.

Ainda recentemente o Departamento de Estado Americano voltou a classificar Portugal como um país de risco médio em matéria de branqueamento de capitais (pode ver a nossa classificação aqui).

Não nos compete a nós fazer juízos de valor ou averiguar as reais intenções do investidor em causa e a sua legitimidade. Mas, nestas circunstâncias exige-se das autoridades locais uma maior transparência nas relações que mantêm com tais investidores e das autoridades nacionais uma vigilância redobrada em matéria de práticas ilegais. Se se provar que esses cuidados foram desnecessários tanto melhor, incluindo para o próprio visado.

De outro modo o país transformar-se-á rapidamente numa espécie de Venezuela.

Thursday, 26 May 2011

Privatizar depressa e bem

O programa de ajustamento acordado com a Troika prevê um programa de privatizações modesto que permitirá encaixar 5.5 mil milhões de Euros durante a vigência do programa. Lembram-se que só a nacionalização precipitada do BPN custará ao Estado um montante equivalente? Ainda por cima, as privatizações serão feitas uma a uma segundo o modelo convencional.

Entretanto, segundo o Jornal de Negócios, a OCDE terá estimado o valor dos activos estatais privatizáveis em cerca de 30 mil milhões. Não sabemos se está aqui incluída a CGD.

Poderá pensar-se que privatizar ao longo de três anos apenas um sexto dos activos privatizáveis é realista, uma vez que neste momento o mercado não é favorável e teremos de vender a um preço baixo.

Porém se pensarmos melhor vemos imediatamente que esse argumento é falacioso por duas razões. Primeiro, é possível vender rápido e bem se utilizarmos técnicas de privatização adequadas. Segundo, se olharmos ao volume internacional de fusões e aquisições e de IPOs dificilmente podemos considerar o momento actual como mau.

Nos Países de Leste foram experimentadas técnicas de privatização em massa com taxas de sucesso variável de onde podemos retirar alguns ensinamentos. No entanto, no nosso caso existe uma solução ainda mais simples e eficaz.

Por exemplo, basta transferir todas as participações do Estado (incluindo a Parpública) para um ou vários fundos de investimento (private equity) que serão vendidos por concurso internacional a investidores nacionais e estrangeiros. O Estado deverá reter uma percentagem de participação nesse(s) fundo(s) sob a forma de acções preferenciais convertíveis e remuneradas através de uma fórmula de clawback (devolução parcial das mais valias excepcionais). Este modelo permite um encaixe imediato e transfere o momento e forma de venda dos activos em carteira para gestores profissionais independentes do poder político.

Se não optarmos por uma estratégia deste tipo, corremos o risco de acabar no triste espectáculo que é hoje a Grécia.

Wednesday, 25 May 2011

Economics retreat?

At least since Adam Smith, welfare economists have been aware of the limitations of their science to measure wealth. However, they have done very little to overcome the limitations of measures such as GDP, except in relation to price adjustments through the so-called purchasing power parities.

Not surprisingly, some have come up with complementary/ alternative measures such as the UN Human Development Index. However, these are often a mixed-bag of vague concepts that many scientists disregard as not serious science.

However, now the OECD, once a stronghold of serious economics, has joined the crowd with a Better Life Index (see: OECD), intent on finding “out what people want and need and what government is giving them”. This seems a lot of wishful thinking that will fail the quantitative test required by economic science.

To understand how difficult is to measure the way people value some non- traded goods and services it is easy. For instance, some people are happy to live in dirty and congested cities and would be bored to death if forced to live in perfected landscaped and organized towns, while others feel the other way around. So, how do you aggregate the preferences of these two people to come up with a national valuation of their welfare?

So the real challenge to economics will not come from this new OECD index.

Instead, it might come from the emerging science of happiness initiated by Prof. Richard Layard and others. However, this is only in its infancy and it will take many years before it deserves the title of science.

Meanwhile, may be economists will decide to descend from their pedestal of an axiomatic science based exclusively on positive economics.

Tuesday, 24 May 2011

Sex and family relationships as pillars of human happiness

This month SlutWalk marches, sparked by a Toronto’s cop remark about the role of provocative dressing in rape, brought sex again to the forefront of public debate. Given the importance that sex (or the lack of it) has in our daily lives, and the fact that family relationship always come top in any surveys about human happiness, we need to explain why we did not include them among the six pillars of human happiness.

The reasons for exclusion are different from those we used to exclude religion. They derive mostly from the fact that all controversial issues surrounding sex and family relationships depend on historical context and involve moral values that are better debated within the principles of liberalism, enlightenment and science.

For instance, the right to indecent exposure or promiscuous relations that is invoked by some of the feminists among the SlutWalk promoters is better discussed in the context of the limits to freedom in a society ruled by liberal principles.

Namely, such limits must be defined bearing in mind the historical experiments with free love in the 1920s and the 1960s and the attempts to eliminate the family institution in communist regimes. Both experiments ended up degrading the role of women. The first by turning into sects whose leaders abused women into coercive sex while the second degraded women turned into second class citizens or forced to prostitution.

Likewise, old debates about the use of sex for pleasure or procreation, the health consequences of masturbation, incestuous relations and other non-conventional forms of sex can now be studied scientifically. Other issues such as the age of consent, monogamy vs. polygamy, cohabitation vs. marriage, divorce, etc. should be discussed under enlightened principles and bearing in mind their impact on society cohesiveness and productive capacity.

For all these reasons, and despite the vital importance of family relationships for happiness, we did not separate them as one of the six pillars of human happiness.

Saturday, 21 May 2011

O problema da direita Portuguesa é ter complexos de esquerda

Durante o período revolucionário do PREC era normal que os partidos de direita usassem algumas das palavras de ordem da esquerda. Mas, 36 anos depois do 25 de Abril, ainda terem complexos de esquerda é uma verdadeira vergonha.

Alguns exemplos: O PPD/PSD em Portugal apenas usa a sigla PSD – partido social-democrata – que em qualquer parte do mundo é uma sigla de esquerda. Porém, no Parlamento Europeu, após uma breve passagem pelo partido liberal, transferiu-se para o Partido Popular Europeu – maioritariamente democrata-cristão – ideologia que o PSD renega em Portugal. O caso do CDS ainda é mais paradigmático. Não só viu os seus principais fundadores e dirigentes transferirem-se para a esquerda (Freitas do Amaral e Basílio Horta para o PS e Lucas Pires para o PSD), como adoptou uma variante democrata-cristão – personalismo humanista – que ninguém sabe verdadeiramente o que é. Além disso afirma-se como anti-liberal e pro-corporativo na defesa de algumas corporações (agricultores, ex-combatentes e forças de segurança) cujos interesses hoje nem sempre são legítimos.

A consequência mais nefasta desta atitude de direita envergonhada foi ter permitido à esquerda usar o velho truque de repetir tantas vezes duas mentiras até que a população acabasse por aceitá-las como verdades indiscutíveis – o mito de que a esquerda se preocupa mais com as desigualdade e com os mais desfavorecidos e a patranha de que o liberalismo (ou neo-liberalismo como a esquerda diz) é um papão que visa a exploração dos trabalhadores pelos patrões.

Porém, é inquestionável que em todo o lado, salvo raras excepções, a direita promove mais a justiça social e o bem-estar dos trabalhadores. Não precisamos de ir à Coreia do Norte, China ou Cuba para constatar que os regimes comunistas não só empobrecem toda a população como aumentam as desigualdades sociais. De igual modo, entre os países da OCDE, é nos países socialistas do sul da Europa (Portugal, Espanha, etc.) que as desigualdades medidas pelo coeficiente de Gini são mais elevadas como se pode facilmente constatar nesta página da OCDE.

Quanto aos trabalhadores, qual é o país com mais desemprego? A Espanha socialista, com mais de 20% de desempregados. E quais são os países com menos desemprego? Países liberais como a Suíça e o Luxemburgo onde a taxa de desemprego é inferior a 4.5%. Quanto à segurança de emprego e condições de trabalho perguntem aos nossos emigrantes “vítimas” do liberalismo Suíço e Luxemburguês como comparam os seus actuais patrões com os seus antigos patrões no Portugal socialista.

Em síntese, a direita Portuguesa deixou-se aprisionar pelas mentiras da esquerda, que embora reaccionária, se auto-proclamou progressiva e reformista, deixando a direita prisioneira do conservadorismo e com medo de se afirmar ideologicamente como garante da liberdade, da mudança e do progresso. O primeiro passo para a direita se libertar é confrontar ideologicamente a esquerda.

Tuesday, 17 May 2011

Judged by the media or the mob: will the IMF Director have a fair trial?

To be fair justice must be blind but balanced. The treatment given to Dominique Strauss-Kahn charged with the sexual assault of a hotel maid in New York seems to lack both.

Let me begin by stating that I dislike the man, not only for being a socialist, but also for his past behavior in relation to women. I am also inclined to believe that he is probably guilty of sexual harassment in relation to the maid in question. Whether he was set up by his political adversaries, a possibility given the rare speed with which the police intervened and the fact that the security of the French hotel where he was staying did not cover up the occurrence as it would normally do is not relevant for the point I want to make.

The point is that trying to make him an escape goat or symbol of an American tough justice system for Public figures is as absurd as was the decision to deny him bail.

The fact that an act of aggressive (violent?) sexual advances between a 62-year old man and a 32-year old woman can be treated as a crime without bail and punishable with as much as 20 years in jail is proof of how far the media and political correctness have gone to make a mockery of justice.

In a country where the violent killer of his wife (OJS) goes free due to media pressure, where same-sex relations are recognized by law, where one night-stand sex is common and the divorce rate is rampant the fact that ‘forced’ sex between older and younger people is treated as a crime comparable to murder reveals double standards.

So, the real issue here is how America ended up developing such an unbalanced notion of justice? Public figures should not be singled out for special treatment (punishment or escape) just because the media or the mob asks for that. That is the real meaning of justice.

Do Professors of Economics need re-training?

This survey of 299 Professors of Economics in the USA shows many interesting results. Here are some of those that I found most interesting:

1) Their party leanings are towards the left (a well known fact), but they also add to this an anti-liberal inclination. As shown on the next table only 41.9% have a liberalism score higher than the neutral level (2) and only 6.4% have a score higher than 3. For a profession that is supposed to teach about competitive markets they seem to dislike capitalism. It looks like having vegetarians working as butchers.



2) Their knowledge of the Classics does not seem very strong. As expected Adam Smith tops the list of their favorite thinkers. However, Stanley Jevons (the father of the marginalist revolution) barely makes the list, while Karl Marx comes fifth despite being proven wrong in all his propositions. Their knowledge of 20th Century Economists does not fare better. John Hicks, who, together with Paul Samuelson, was the Marshall of the last century gets little recognition, while a sociologist/economist like Veblen (whose main contribution was a sociological study on the Leisure Classes) comes seventh.


3) Finally, since I gave up economics 20-years ago, my personal ignorance about the current generation of economists is also interesting. Despite keeping an eye on what is going on in economics I could not recognize more than 4 names among the favorite 23 economists aged less than 60 years. Moreover, two of them (Bernanke and Sachs) I only know them because of the positions they hold. The top two, Krugman and Mankiw, I know them mostly because of their best selling introductory textbooks and blogs. This lack of knowledge it is obviously my fault, but I would bet that most of the unknown 20 favorites are just what I call econometricians (or, pejoratively, second-rate mathematicians).

In conclusion, Professors of Economics must share some of the blame for the dismal state of the “dismal science”.

Saturday, 7 May 2011

Loony left and wing nuts in American politics

Today the problem for American conservatives (Republicans) is that they seem to be caught in a perverse phase of politics that usually follows a prospective long spell in opposition or a strong leadership (in the Republican’s case Reagan).

During such periods political parties become confused and immerse in fratricide fights between candidates that should never, ever have been considered for leadership. Such second-rate figures of the time, usually called loony leftists or right-wing nuts, take center stage while moderate common sense politicians are simply dismissed as wobbly or wet.

Such periods affect both right and left-wing parties. Recent episodes in the UK were experienced by the Labor Party during the 1980s and by the Conservatives at the beginning of this century. During such periods the parties turn to three types of politicians – nice idealists but foolish, symbolized in the UK by Michael Foot; radical but treacherous, as epitomized by Arthur Scargill; or maverick and devious as represented by Ken Livingstone.

Nowadays one easily finds comparable figures among the American Republicans. Sara Palin falls in the first category, while Newt Gingrich fits the second and Donald Trump represents the third category.

The question is: how can parties regain their sanity and get rid of such potential candidates? Since during such periods prevails a denial of reason, often one has to let time pass by until people regain their senses. Unfortunately, this remedy usually means waiting many years until a new generation of politicians arrives (as the UK Conservatives know too well).

Is this wait inevitable? Not necessarily, if well meaning party members join their efforts to combat this disease and to promote the emergence of a serious competition among a new generation of leaders. Men and Women embedded with the party’s ideals, not sound bites exploiting the ignorance, greed and hurry of the masses. That is why the renaissance of the enlightenment spirit is so important.

Volcker Says Identifying Speculative Trading Is Easy - Wall Street & Technology

Will the Volcker rule be implemented in any significant way? I doubt. Volcker himself is still hopeful, but ...
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Friday, 6 May 2011

Ex-MRPPs em Portugal: um “case study” muito interessante

No final dos anos 60 proliferaram no meio universitário inúmeros partidos esquerdistas a maioria deles de inspiração Maoista. Após o 25 de Abril a maioria caiu no esquecimento, porque a liberdade permitiu aos jovens perceberem quão absurdas eram as teses Marxistas-Leninistas. Eu próprio pertenci a um desses partidos de cujo nome já nem me lembro. Um desses partidos mais combativos era o MRPP.

O que é mais interessante no caso do MRPP não é o facto de continuar a existir (embora hoje seja apenas um partido de promoção pessoal de um conhecido advogado Lisboeta) ou de o actual Presidente da Comissão Europeia ter sido um dos seus militantes. Tal como a maioria dos outros partidos o MRPP era constituído por apenas algumas dezenas de militantes que após o 25 de Abril abandonaram a política ou entraram para os partidos parlamentares entretanto criados.

O que é impressionante no caso do MRPP é a quantidade desproporcionada de ex-militantes que hoje desempenham altos cargos nos partidos, na política, na diplomacia e na magistratura. Por exemplo, para além do Dr Durão Barroso, também o actual Secretário de Estado do Orçamento e a Procuradora Geral Adjunta da República foram destacados dirigentes do MRPP.

Em termos de “case study” será interessante estudar se isso foi apenas fruto do acaso ou se teve algo a ver com os promotores do MRPP. O MRPP, tal como a maioria dos outros partidos Maoistas na Europa foram promovidos e financiados pela China. Nalguns casos (como aconteceu na Holanda) os serviços secretos ocidentais aproveitaram mesmo para se infiltrar no movimento Maoista criando eles próprios partidos Maoistas pagos por Pequim. Entre nós o MRPP foi também frequentemente acusado pelo PCP de estar ao serviço da CIA. Que o MRPP tenha sido infiltrado e manipulado pelos serviços secretos Chineses, Russos ou Americanos é provável e normal e não merece grande estudo.

O que merece ser analisado é se depois do 25 de Abril essas agências de espionagem tiverem algum papel na colocação de tantos militantes do MRPP em posições tão relevantes na sociedade Portuguesa.

Passados mais de 35 anos esse estudo pode e deve começar a ser feito por historiadores, politólogos, sociólogos e outros investigadores. Todos teremos a ganhar com um estudo isento e multidisciplinar deste verdadeiro fenómeno na história recente de Portugal.

Thursday, 5 May 2011

A Conferência da Troika sobre o resgate financeiro de Portugal

Estive a assistir à conferência da Troika (FMI, BCE e CE) sobre o resgate de Portugal.

Numa apreciação, em termos gerais, podemos dizer que o programa confirma os receios que tínhamos expresso no nosso post de 8 de Abril. O programa chegou tarde de mais, é pouco exigente, e não enfrenta os principais cancros da economia Portuguesa.

Basicamente, repete a receita da Grécia de uma forma mais suave em termos de custo do dinheiro e da condicionalidade quanto às medidas e ao prazo para a consolidação orçamental, embora menos generoso no montante do empréstimo. Em resumo, é questionável que Portugal possa voltar aos mercados numa situação de normalidade antes de 2013 e que consiga evitar uma reestruturação da sua divida soberana.

Logo que a carta de intenções esteja assinada e publicada no site do FMI, faremos uma análise específica da cada uma das suas principais componentes: consolidação orçamental, reforma fiscal, reestruturação bancária e medidas estruturais.

Embora eu seja defensor da transparência na actividade das organizações internacionais, essa deve ser feita pelos meios adequados e no local próprio (i.e. a divulgação dos documentos no site dessas mesmas organizações). Este tipo de conferências de imprensa deixam um sabor amargo ao lembrar-nos que Portugal parece estar a transformar-se numa “república das bananas” que já perdeu a sua soberania nacional.

Wednesday, 4 May 2011

The killing of Bin Laden and the superiority of western values

Nobody embracing moral values needs to shed any tears for the killing of Bin Laden, the ideologue of international terrorism responsible for the murder of thousands of innocent civilians.

However, as details of his death become known, it seems that he could have been captured alive without endangering the life of the soldiers involved in his capture. So, if he was intentionally killed, whoever gave that order committed a major mistake.

The moral superiority of western values derives from its reliance on representative democracy, constitutional liberalism and enlightened ideals which, when taken together guarantee even to the hardest criminal a fair trial. This superiority is reinforced whenever the West is not afraid of confronting openly the ideals pursued by terrorists.

The idea that this would give Bin Laden’s supporters visibility and lead to his martyrdom is simply preposterous. Indeed, historical precedents such as the Soviet Union decision to hide the burial place of Hitler only gave his followers a mythical status that his henchman that were publicly judged at the Nuremberg trials never enjoyed. Likewise, the fact that Che Guevara was never tried for his crimes made him even today a hero among impressive young people.

Now, with the Arab Spring uprising in full progress, the West owes the young Arabs fighting for democracy in the streets a clear explanation of why Bin Laden was not brought in for trial.